Brasil
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Este artigo discute as possíveis conexões entre Educação Financeira (EF) e sustentabilidade à luz da Educação Matemática Crítica (EMC), com base nas reflexões realizadas no segundo encontro do terceiro módulo da Série Educação Financeira em Debate, que fez parte de uma pesquisa de doutorado. O estudo, de abordagem qualitativa, envolveu professores de diferentes componentes curriculares, de diversas regiões do Brasil, em uma rede de conversa sobre EF em contextos escolares. As discussões destacaram a importância de uma abordagem crítica da EF, que ultrapasse os limites da lógica mercadológica e neoliberal, integrando aspectos sociais, ambientais e éticos. A articulação entre EF e sustentabilidade foi analisada a partir de experiências concretas, como a reutilização de materiais escolares, o consumo consciente e a compostagem escolar, revelando a potência da EMC na problematização do consumismo e na formação de estudantes críticos. O artigo evidencia que muitos estudantes em contextos vulneráveis já praticam ações sustentáveis por necessidade, o que demanda sensibilidade dos educadores na abordagem desses temas. Também se critica a forma como o capitalismo define o que é considerado sustentável, muitas vezes descolado da realidade socioeconômica das comunidades escolares. Ao final, destaca-se que a integração entre EF, sustentabilidade e EMC pode promover uma educação emancipatória, sensível às realidades locais, capaz de contribuir para a justiça social e ambiental. A proposta resultou em uma atividade do Produto Educacional da tese, reforçando a importância do trabalho transdisciplinar e contextualizado com a Educação Financeira Crítica (EFC) nas escolas.
This article discusses the possible connections between Financial Education (FE) and sustainability in the light of Critical Mathematics Education (CME), based on reflections held during the second meeting of the third module of the Financial Education in Debate Series, which was part of a doctoral research. The qualitative study involved teachers from different subject areas, from various regions of Brazil, in a conversation network about FE in school contexts. The discussions emphasized the importance of a critical approach to FE, one that goes beyond the limits of market-driven and neoliberal logic, integrating social, environmental, and ethical dimensions. The articulation between FE and sustainability was analyzed through concrete experiences, such as the reuse of school materials, conscious consumption, and school composting, revealing CME’s potential in problematizing consumerism and fostering critical thinking. The article highlights that many students in vulnerable contexts already engage in sustainable practices out of necessity, which requires educators to approach these themes with sensitivity. It also criticizes how capitalism defines what is considered sustainable, often detached from the socioeconomic realities of school communities. Ultimately, the article argues that integrating FE, sustainability, and CME can promote emancipatory education, sensitive to local realities, and capable of contributing to social and environmental justice. This proposal gave rise to an activity included in the Educational Product developed within the doctoral thesis, reinforcing the importance of transdisciplinary and contextualized work with Critical Financial Education (CFE) in schools.
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