A Coruña, España
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En la sociedad pospandémica actual, las redes sociales desempeñan un papel crucial como principales espacios de socialización, facilitando la circulación de ideas y comportamientos. No obstante, el internet no ha supuesto la creación de una esfera pública digital más libre y democrática, sino que se observa más bien una transposición de las dinámicas de poder y desigualdades de la esfera pública convencional. El anonimato en línea, en lugar de subvertir las relaciones de género, ha propiciado la desinhibición negativa, normalizando discursos sexistas y misóginos. Una revisión de la literatura científica pone de manifiesto que el troleo de género, especialmente visible en temas como igualdad, violencia de género y feminismo, contribuye a crear y mantener un entorno hostil para las mujeres, limitando su participación y expresión. La misoginia y la reactividad ante las mujeres en roles políticos las convierte en víctimas especialmente propicias de este tipo de conductas, considerándose parte de las violencias contra las mujeres en política. Las redes sociales, al difundir y normalizar estos comportamientos, pueden tener un impacto negativo en la participación de las mujeres en la esfera pública y la política. Los gestores de plataformas en línea juegan un papel esencial en abordar este fenómeno, ya que cuentas falsas, trolls y ataques de odio persisten con impunidad.
Na sociedade pós-pandêmica atual, as redes sociais desempenham um papel fundamental como principais espaços de socialização, facilitando a circulação de ideias e comportamentos. Embora a internet não tenha suposto a criação duma esfera pública digital mais livre e democrática, no seu lugar falamos duma transposição das dinâmicas de poder e de desigualdades da esfera pública convencional. O anonimato em linha, longe de subverter as relações de género, favorece a desinibição negativa, normalizando discursos sexistas e misóginos. Uma revisão da literatura científica mostra que o trolling baseado em gênero, especialmente visível em questões como a igualdade, a violência de género ou o feminismo, contribui para criar e manter um ambiente hostil para as mulheres, resultando na limitação da sua participação e expressão. A misoginia e a reatividade ante as mulheres em roles políticos as convertem em vítimas especialmente favoráveis desta forma de trolling, que se entende como parte das chamadas “violências contra as mulheres na política”. As redes sociais, nesta ultradifusão e normalização de comportamentos, podem ter um impacto negativo na participação das mulheres na esfera pública e na política. Os gestores de plataformas on-line têm um papel essencial em enfrentarem este fenômeno, pois contas falsas, trolls e ataques de ódio persistem com impunidade.
In today’s post-pandemic society, social media plays a crucial role as major spaces for socialization, facilitating the circulation of ideas and behaviors. However, the internet has not meant the creation of a freer and more democratic digital public sphere, but rather a transposition of the power dynamics and inequalities of the conventional public sphere is observed. On-line anonymity, instead of subverting gender relations, has led to negative lack of inhibition, normalizing sexist and misogynistic discourses. A review of the scientific literature shows that gender-based trolling, especially evident on issues such as equality, gender violence and feminism, contributes to creating and maintaining a hostile environment for women, limiting their participation and expression. Misogyny and reactivity towards women in political roles makes them especially favorable victims of this type of behavior, being considered part of violence against women politicians. Social media, by spreading and normalizing these behaviors, can have a negative impact on women’s participation in the public sphere and politics. Online platform managers play an essential role in addressing this phenomenon, as fake accounts, trolls and hate attacks persist with impunity.
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