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As colecçôes de história natural do Museu da Ajuda (Lisboa) e a Guerra Peninsular (1807-1808): As elites portuguesas face ao poder napoleónico

  • Joâo Paulo S. Cabral [1]
    1. [1] Universidade Do Porto

      Universidade Do Porto

      Santo Ildefonso, Portugal

  • Localización: Llull: Revista de la Sociedad Española de Historia de las Ciencias y de las Técnicas, ISSN 0210-8615, Vol. 44, Nº 88, 2021, págs. 101-124
  • Idioma: portugués
  • Enlaces
  • Resumen
    • As forças de Junot confiscaram em Portugal, do Museu da Ajuda em Lisboa, importantes colecções de história natural que foram levadas para Paris, para o Muséum National d’Histoire Naturelle. O pressuposto ideológico era que a França tinha melhores condições para preservar e estudar os exemplares do que o usurpado e que se pretendia fazer avançar a ciência. Perante a ocupação militar e na ausência do príncipe-regente, foram vários os membros das elites portuguesas que acataram, formal e circunstancialmente, ordens recebidas das tropas francesas, conforme indicação dada por D. João. As personalidades presas durante a Setembrizada, como Domingos Vandelli, e deportadas para os Açores, não seriam julgadas e acabariam por regressar a Portugal Continental. A apreciação que uma certa historiografia fez da legitimidade da usurpação de objectos de história natural com o recurso à força das armas, não nos parece ser actualmente aceitável, em face do desenvolvimento e maturidade das sociedades de hoje.


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